Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito
David Mourão-Ferreira, in “Cancioneiro de Natal“
Este poema, faz-me lembrar o meu avô, e de muitas outras razões porque deixei de sentir o Natal como o sentia antigamente, se não o demonstro é apenas para que aqueles que me rodeiam não percebam o quanto sombrio se tornou os meus natais!
até quando?! nao sei, mas tudo parece que este ano será mais um...
domingo, 16 de novembro de 2008
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